QUARENTA ANOS (ALEXANDRINHO)
QUARENTA ANOS
(ALEXANDRINHO)
Depois de quarenta anos não mais reconheço,
Rebelde como se nunca houvesse amado,
Transforma o bom relacionamento em tropeço,
Como o que aconteceu jamais foi observado.
Fico pensativo saber isso mereço,
Parece então, nunca por ela fui abraçado.
A vida é assim mesmo tudo tem seu preço.
É melhor não dar o troco e esperar calado
Talvez e a cruel dúvida é exigiada assim.
Dizem Deus escreve certo em tortas linhas.
Bem melhor aguardar esperando o triste fim.
Juro que não lhe devolvo as lembranças minhas,
Estão bem plantadas nos canteiros do jardim,
Se não as teve está escrito em entrelinhas.
Goiânia, 30 de abril de 2005.