O SONO DO SOL
Tinge-se de lilás a tarde mansa;
Quebra o silêncio, apenas o cantar
Das aves e, das árvores, a dança
Dos galhos e dos ramos, ao ruflar.
E, lentamente, o sol, que já se cansa,
Exausto, já, de tanto iluminar,
No horizonte debruça e luzes lança,
Tingindo de fulgor o céu e o mar.
E pouco a pouco vai adormecendo...
Entre as nuvens de sombra se envolvendo,
Até pegar num sono bem profundo.
Nem chega a ver que Deus teve o cuidado
De estender um lençol todo estrelado,
Para cobrir de pérolas o mundo.