Amor só de Mãe

Disse a mãe: “meu filhinho, ai bonitinho”.

E a criança horrorosa era medonha,

Parecia uma cobra com peçonha,

Mas a mãe o via perfeito, pequenino.

Assim são mães, seu amor é tão sublime,

Que não notam defeitos dos rebentos,

Seguem considerando-os portentos,

São seres deslumbrantes e sem crime.

E elas estão felizes na velhice,

Sua missão foi cumprida e executada

Atendendo aos reclamos naturais,

Crescer, reproduzir sem sovinice,

Bem cuidar de sua prole programada,

E os filhos quando crescem são “os tais”.