BASTARIA O NOME


Que notícias me dás, vento mareiro,
das distâncias que nunca mais vivi,
pois já faz tempo que eu me pressenti
espaço de meus passos prisioneiro?

Por que não corres mais, alvissareiro,
no som das vozes de quem me perdi,
deixando os ecos, que dormitam aqui,
regougando saudade o tempo inteiro?

Pois, quando vens a mim, vais-me deixando
murmúrios de além-mar, martirizando
a solidão, que a vida me consome.

Bastaria, noturno vento, quando
passasses por aqui, fosses chamando
o nome dela. Bastaria o nome!

Odir, de passagem