Um porto qualquer

Navegar nesses mares que agente implora

Alguma praia às vezes longe e tão deserta

Por um momento à deriva a tensão aperta

Nesse momento o mar revolto me devora

E nessas águas doces ou salgadas dessa vida

Na imensidão do mar, do sonho vou nadando...

E em algum porto sem querer vou ancorando

Sem importar-me com a pressa da partida

E quando vejo aquelas ondas em devaneio

Relembro o rio que humilde abraça o mar

E quando encontra, lentamente sem receio...

Desnuda as margens que deixou noutro lugar

E como as águas, vou buscando quem não veio...

Ao meu encontro no meu barco navegar