O MALA (alexandrino)
O MALA
Alexandrino
Quanto tempo ele já me persegue de perto,
Fazendo comigo uma bagunça danada.
Não sei se entre nós qual dos dois está certo,
Perturba ele a todo o momento a minha amada.
Aí tenho vontade de esgana-lo coitado...
Retribui-me, mas sempre ao vê-la fico incerto.
Diz ele ainda que por ela sou amado...
...Deixa meu coração dividido e aberto.
Confesso não gosto mais dela ouvir a fala...
...Quando me dirige a palavra amarga e rude,
A minha alma em silêncio ouve tudo e cala.
Pede a paz, mas sempre implorando quer que eu mude...
...Atrelada não abandona o velho mala,
Sincero confesso fiz tudo mais não pude.
Goiânia, 03 de abril de 2004.