SAUDADE
Se um dia a tal saudade, no meu peito,
Melancólica e ingrata se instalar,
Não abaixo a cabeça e não aceito...
Jogo-a nos rudes vagalhões do mar.
Essa malvada deve ter respeito
E o coração de um homem não tentar.
Posso dizer: não sou nenhum suspeito,
Pois nunca conjuguei o verbo amar.
Por isso sou feliz, à minha moda,
E nada neste mundo me incomoda
Nem a tristeza então minhalma invade.
Sou feliz, sou alegre, sou fiel.
Pra mim, a vida é doce, mais que o mel...
E, até hoje, eu não soube o que é saudade!