UM CANTO PARA NÓS DOIS
Eu continuo lhe amando como outrora,
Como nos velhos tempos calorosos
De nossa vida a dois, vida que agora,
Depois de que ficamos mais idosos,
Há de nos dar anelos afetuosos
Todos os dias, pela vida afora,
Que nos aquecerão nos invernosos
Dias do amor platônico que aflora.
Se a carne nos faltar com os seus desejos,
Não nos falte o carinho de nossos beijos,
Nem nossa vida a dois com o nosso afeto.
Que o cavalheiro aqui e a sua dama
Vivam felizes sobre a mesma cama,
À mesma mesa e sob o mesmo teto.