Eiva
Frutifica no meu ser, um desatino,
Perdura dentro em mim tétrica seiva.
E choro o chôro rude ressupino,
Devido a castidade desta eiva.
Pespega-me ao mundo, assim seja!
Procuro ao longe, o pêsame divino.
É árduo o destino, esta peleja,
Os olhos para os céus, ora inclino.
Meus Deus, onde estás? Olhe pra mim!
Esquiva-me ó Pai, do sofrimento,
Por que meu ser dolente sofre assim?
Deixaste-me aqui no esquecimento?
Dê-me um momento antes do fim,
Pois, falta só o arrependimento.