EXALTAÇÃO
EXALTAÇÃO
Meu ser entrego ao derradeiro alento
no desenlace de minha alma ungida
pela esperança de num vão momento
galgar a morte na ilusão da vida.
Mas tudo o que me resta é a fé contida
num rasgo de prazer do sofrimento
de rebuscar na treva a luz perdida
no inferno elemental desse tormento.
E em já meu ser demente e sibilino
qual num culto de amor semidivino
minh’alma chora, hesita, mas persiste...
E flui por entre estrelas e alvoradas
num turbilhão de luzes deflagradas
ante a certeza de que Deus existe!
A. Estebanez