EXALTAÇÃO

EXALTAÇÃO

Meu ser entrego ao derradeiro alento

no desenlace de minha alma ungida

pela esperança de num vão momento

galgar a morte na ilusão da vida.

Mas tudo o que me resta é a fé contida

num rasgo de prazer do sofrimento

de rebuscar na treva a luz perdida

no inferno elemental desse tormento.

E em já meu ser demente e sibilino

qual num culto de amor semidivino

minh’alma chora, hesita, mas persiste...

E flui por entre estrelas e alvoradas

num turbilhão de luzes deflagradas

ante a certeza de que Deus existe!

A. Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 24/12/2008
Código do texto: T1350650
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