Ciclo
Da praia as ondas em eterno movimento
Do amigo sol despedem-se com um aceno.
Mais um dia que acaba no ocaso sereno
De cor vermelha, como chama posta ao vento.
Solitária lua surge na imensidão
E mais só estou eu aqui na Terra a vê-la,
Pois vivo na escuridão de um céu sem estrela,
Sufocado pela angústia da solidão...
Mas este sofrimento não me é eterno.
Que o sol ainda há de brilhar novamente
No parabólico brilho de um sorrir terno,
No belo olhar de muito mais bela deidade
Que com seu jeito de agir, mui suavemente
Domina a minh'alma por toda a eternidade.