Eu ainda
E eu ainda permaneço aqui,
Inerte ao infenso gosta de amar
E é ele vilanesco, amargo e atroz,
Que torturara e confunde;
Às vezes desespero-me e tento fugir
Do hostil sabor do amor. Mas ai...!
Ai de mim que sofro, que choro:
Sofro por amar, choro por esperar;
É esse sentimento tentálico
Que dilacera a pobre alma inocente,
É tão forte e sua dimensão inatingível;
Escolheu logo eu? Eu! Que de amor nada sei
Sei apenas que amo... Como amo
E que perder-me-ei na sua vastidão.
(SILVA, Jindiane Oliveira)
10/03/06 Araci-BA