Eu distante

Eu distante. Lá um Orbe que repousa.

Eu aqui, corpo sem corpo no infinito,

E no céu navegando, a Terra fito

Enquanto no Orbe o Corpo ainda não pousa.

É quando sonho que desperto então.

Acordo sim, mas sei que estou dormindo.

Já sem Orbe, barreiras eu vou abrindo,

Eu posso passar sem abrir portão.

É muito leve a sensação que sinto

Quando descubro que a sonhar não sonho,

Mas lá dormindo e cá acordado e forte.

Sim, Corpo existe, é leve, alto e distinto,

Mas a grande e distinto corpo oponho:

Cá vivo em vida, lá só vivo em morte.

Daniel Tomaz Wachowicz
Enviado por Daniel Tomaz Wachowicz em 22/12/2008
Código do texto: T1348331
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