Minh’alma são Lemúrias soterradas
Minh’alma são Lemúrias soterradas
Nas profundezas de ditosos mares
Com suas labirínticas estradas
Nas profundezas gélidas polares.
Para me achar escavo o abismo em mim,
Me engendro num vulcão já em erupção
Para me tornar homem fogo enfim.
Água e fogo compõem meu coração.
Ar, água, terra e fogo: sou Lemúria
Em minh’alma tão límpida e sagaz,
Cosmogonia em tão brava e forte fúria
Que arrebata no mundo o que é fugaz.
Pequenos arquipélagos sem forma
Em amalgama quebram toda a norma.