soneto para um sol que há de brilhar.
noite escura, dores e maltratos.
almas, tormentos, povos desvairados.
o gigante ressona e acordados
de Dante - cantos, santos e retratos.
terremotos, tsunami, vaga fúnebre.
rios, mares, fossas, na calha a cova.
de cada montanha, montanha nova,
Katrina dança, dançarina lúgubre.
a fome, fome na mortalha peste.
guerra se alastra, de oeste a leste
Nero do norte só espalha a morte.
do óleo-lume já acabou a sorte
atmosfera, fera sem respirar.
para quem mesmo ... o sol há de brilhar?