Solidão

Ei-la, veemente, surge com seu manto
de púrpura na noite toda escura.
Ela, altiva, com cores de ternura;
O relógio não marca seu encanto!

O Astro Rei vem, volta, no entanto,
surgem na fronte rugas de torturas,
e, silente e surdo... Oh! Loucura:,
é a lâmina da morte sem o pranto!...

A mente desvairada obumbra,
e a alma jaz obtusa, na penumbra:
lembra da utopia como remédio.

A TV mostra o globo cor-de-rosa;
não existe o filme de outrora,
e, todo comercial é o mesmo tédio.


Ribeirão Preto, 20 de junho de 2007.
4h36

Machado de Carlos
Enviado por Machado de Carlos em 20/12/2008
Reeditado em 21/12/2011
Código do texto: T1345604
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.