SONETILHO (1)
O dunal do teu peito
ao meu peito batia
com suave força, a jeito,
em lúbrica ardentia.
Vestias, no arrebol,
por traje a maresia
e, aos olhos do farol
do cais, o mar bramia.
Na areia, a céu aberto,
o sol cadente rindo
no teu ser descoberto.
Em luta corporal,
tu, com teu corpo lindo,
e eu, cortante punhal.
Fort., 20/12/2008.