Quem te ama já nasceu

Vestígios do soneto " Minha última cartada " de Marcos Loures

Quem te ama já nasceu

Os olhos derramando madrugadas

insones, delírios entremeados

por soluços, frases rasuradas;

quem dera até meus sonhos flagelados.

Será que mereci este degredo

de cantar a solidão dia após dia,

de esconder da minha sombra um segredo,

não ouvir da tua voz a trinodia? !

Ninguém mais te merece como eu

e nem sabes, sequer, se eu existo;

eu te digo: quem te ama já nasceu

e pouco falta pra amar-te como Cristo!

Voltarei aos meus soluços; madrugadas

insones, mulheres mal beijadas!

Chaplin
Enviado por Chaplin em 19/12/2008
Código do texto: T1344226
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