Por quê ser um realejo?!

Sobre um soneto de autoria de minha filha Anésia, intitulado “O realejo”.,


Quem traz em si essa ternura imensa!
Essa alegria que em tu’alma vejo!
Não necessita ser um realejo
Para que o pranto e a tristeza vença.

Um gesto teu, um só, ou um sorriso,
Sonoridade tem mais que um arpejo,
Que o triste som de um pobre realejo,
Transforma purgatório em paraíso!

És poetiza. Frívola e traquina,
Tu’alma é luz que brilha na colina!
Sol que vagueia, além, por sobre a serra!

Por isso aqueces todos que têm frio...
Alegras, sempre, quem ficou vazio,
Perdido em si na escuridão da terra...

Março de 1964.
Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 18/12/2008
Reeditado em 07/04/2009
Código do texto: T1341829
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.