Grandeza

Por quê soberba e fria indiferença
Ao semelhante nutres?! Por ventura,
Tu vais além de humana criatura,
Reinando só sem que ninguém te vença!?

És, por ventura um pequenino Deus?!
És soberano, és rei ou és senhor
De tudo que na terra existe?! A dor,
O sofrimento são para os plebeus?!

Enganas-te, senhor. A nossa origem,
O fim que nos aguarda e a vertigem
Da morte que há de vir, um dia, a todos...

Tudo nos diz e afirma, certamente:
Viver devemos mui humildemente,
Grandeza é ilusão, meros engodos...


Agosto de 1962.
Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 17/12/2008
Reeditado em 07/04/2009
Código do texto: T1339637
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