Fim de Inverno
Agosto... o ar é quente e nos sufoca...
Há pelo espaço o cheiro da queimada...
Ouvimos ribombar a trovoada,
Que tristes pios à perdiz provoca...
Setembro um pouco além já se divisa...
A chuva cairá e os verdes prados,
A mata verde, os rios transbordados
Falar-nos-ão do inverno que agoniza...
E os peixes tornarão às cabeceiras...
E eu voltarei às regiões pesqueiras,
Inquieto e como sempre, emocionado,
A empunhar, nervoso, o meu caniço,
Até que sinta n’água um rebuliço
E preso em meu anzol um bom dourado!...
Agosto de 1960
Agosto... o ar é quente e nos sufoca...
Há pelo espaço o cheiro da queimada...
Ouvimos ribombar a trovoada,
Que tristes pios à perdiz provoca...
Setembro um pouco além já se divisa...
A chuva cairá e os verdes prados,
A mata verde, os rios transbordados
Falar-nos-ão do inverno que agoniza...
E os peixes tornarão às cabeceiras...
E eu voltarei às regiões pesqueiras,
Inquieto e como sempre, emocionado,
A empunhar, nervoso, o meu caniço,
Até que sinta n’água um rebuliço
E preso em meu anzol um bom dourado!...
Agosto de 1960