A NUDEZ DO POETA
O poeta nos versos se desnuda
de corpo e alma, sem pudor ou pejo,
quando a musa, mortal, pede-lhe ajuda
ou quando o martiriza algum desejo.
Em desvendadas formas se transmuda.
Chora risos, do pranto faz festejo,
aumenta a voz ou faz a fala muda,
beija no abraço quando abraça um beijo.
Das negaças de amor emergem cantos,
incensa-lhe, a paixão, a insensatez,
dói em seu ser a dor de seres tantos!
Apesar de pesar-lhe a timidez,
quando a vida se esconde atrás dos mantos
o poeta se veste de nudez.
Odir, de passagem
O poeta nos versos se desnuda
de corpo e alma, sem pudor ou pejo,
quando a musa, mortal, pede-lhe ajuda
ou quando o martiriza algum desejo.
Em desvendadas formas se transmuda.
Chora risos, do pranto faz festejo,
aumenta a voz ou faz a fala muda,
beija no abraço quando abraça um beijo.
Das negaças de amor emergem cantos,
incensa-lhe, a paixão, a insensatez,
dói em seu ser a dor de seres tantos!
Apesar de pesar-lhe a timidez,
quando a vida se esconde atrás dos mantos
o poeta se veste de nudez.
Odir, de passagem