Engole-me a noite escura e silenciosa,
Mistura-me ao breu dos frios vendavais,
Rodopia minha essência frágil e misteriosa,
Em remoinhos de alucinações elementais,
 
Salta do corpo a inútil esperança,
Desprega-se do rosto a ínfima alegria,
Ocos abissais minha alma alcança,
Sonhos que esqueceram a harmonia,
 
Pára noite desvairada e negra!
Deixa ao léu o meu corpo tão cansado,
Ao arfar da luta que tiraste a regra,
 
Deixa que eu encontre tomada de assombros,
O que foi perdido e dilacerado,
Da minha alma triste vagando em escombros.
 
 
 
 

Paula
Enviado por Paula em 15/12/2008
Reeditado em 15/12/2008
Código do texto: T1337381
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