Fitando o céu
Quando a fitar-te fico, horas a fio!...
Nessa beleza estonteante e pura!
Meu corpo inerte e o espírito vadio,
Fazem de mim a mais feliz criatura!
O corpo esqueço, pois, é a vez da alma
Se expandir na região sidérea,
Buscando a paz, a luz, a doce calma,
Inexistentes, cá, pela matéria.
E lá do alto, no azulíneo manto,
Aonde engastas um bilhão de estrelas,
Minh’alma chega p’ra de perto vê-las!
E, junto à lua, escondida a um canto,
Tristonha pensa na cruel descida,
Rumo ao presídio da terrena vida.
Agosto de 1961.
Quando a fitar-te fico, horas a fio!...
Nessa beleza estonteante e pura!
Meu corpo inerte e o espírito vadio,
Fazem de mim a mais feliz criatura!
O corpo esqueço, pois, é a vez da alma
Se expandir na região sidérea,
Buscando a paz, a luz, a doce calma,
Inexistentes, cá, pela matéria.
E lá do alto, no azulíneo manto,
Aonde engastas um bilhão de estrelas,
Minh’alma chega p’ra de perto vê-las!
E, junto à lua, escondida a um canto,
Tristonha pensa na cruel descida,
Rumo ao presídio da terrena vida.
Agosto de 1961.