Soneto de Absolvição

Depois dos portões, surge o sono que liberta.

Não mais cadeados; eis que ao dormir, surgem asas

Para autenticar os sonhos que de dia atrasas,

E que os deixas detidos em horas que apertas.

Além dos portões pintados sobre as ferrugens,

O pensamento sobrevoa a tarde fria pelos bolores.

E onde estava embolorado, aparecem flores.

Quando os com ares de ilusões, dissipam as nuvens.

Há de quebrares as trancas, te libertar.

Novas vistas, novos passos, nova verdade;

Real sentir contigo mesmo à beira-mar.

O despertar que amanhece com a liberdade,

Eis que tu retornas forte ao mesmo lugar,

Sem portões, cadeados; uma nova realidade.

LLP
Enviado por LLP em 14/12/2008
Reeditado em 01/04/2009
Código do texto: T1334925
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