Licença Poética

Se algum verso, ligeiro e latente,

Passa rente ao seu rosto, candura:

Tal leitura em seu gosto, ardente,

É o que sente em primeiro e lisura

Feito a cura de um mau entreposto.

Neste oposto um poema em letreiro,

Vem faceiro por tema ou por gosto,

Qual agosto em sinal tão certeiro:

O seu cheiro é o que move, serena,

Esta pena, a que insiste em jornal

Ser normal, pois existe oh pequena

A tal cena, em que chove ao farol,

Depois sol, qual olor que resiste,

E que assiste a um amor, universo.

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Para Eliane, como sempre.

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A licença consiste em fugir de minha escola temática.

Amargo
Enviado por Amargo em 14/12/2008
Código do texto: T1334884
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