Licença Poética
Se algum verso, ligeiro e latente,
Passa rente ao seu rosto, candura:
Tal leitura em seu gosto, ardente,
É o que sente em primeiro e lisura
Feito a cura de um mau entreposto.
Neste oposto um poema em letreiro,
Vem faceiro por tema ou por gosto,
Qual agosto em sinal tão certeiro:
O seu cheiro é o que move, serena,
Esta pena, a que insiste em jornal
Ser normal, pois existe oh pequena
A tal cena, em que chove ao farol,
Depois sol, qual olor que resiste,
E que assiste a um amor, universo.
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Para Eliane, como sempre.
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A licença consiste em fugir de minha escola temática.