MEA CULPA (Alexandrino)

MEA CULPA

(alexandrino)

Meã culpa capitaneada pelo ego,

Não consigo transcodificar a ilusão;

Mesmo ficando velho assim sempre lhe entrego,

As benesses arquivadas no coração.

Estão seguras presas com o maior prego,

Juro nunca vi algo com tanta fixação.

Sim embora esteja vendo tudo estou cego,

Por mais que não veja é boa a minha visão.

Vá leve maldita toda a nossa felicidade

E cantarole em outra plaga nossa vida,

Bem sei bem, seu peito está cheio de maldade.

Quando estiver longe d`aqui minha querida,

Se precisar socorrerei sua sanidade,

- Curarei a sua com a minha ferida.

Goiânia, 13 de dezembro de 2008.