Os dezessete torpedos - 2
Você não sabe o quanto a sua visão,
Digo, contemplação, me atiça e excita;
Sim, eu sei que você não acredita
No que descrevo com exatidão.
Crê que tudo em mim é sofreguidão,
E, no entanto, dulcíssima Talita,
Que me resta? Você é tão bonita
Que eu só posso ser pura paixão.
E eu ao longe, um bufão numa opereta,
Apenas um poeta, um mero nada,
Mesmo assim, é tão grande o meu desejo.
Você é leve como a borboleta
Tem a suavidade de uma fada,
(Mordendo o lábio) como eu quero um beijo!