Lodo
Quantos corpos tombaram de overdose
Pelas ruas e becos do país?
No mercado das drogas, cães ferozes
Matam cada vez mais, todo infeliz
Capturado nas redes de um engodo
E levado igual gado ao matadouro.
Dói na alma ver jovens nesse lodo
Negociados na bala a peso de ouro.
Como o grito e o lamento do poeta
Que clamou muito ao Deus dos desgraçados,
À procura de ajuda dos irmãos...
Ouço apelos de mães que choram quietas
Pelo fruto do ventre agrilhoado,
Pelas vítimas de outra escravidão.
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Poesia On Line
13/12/08.
Mote: Atualidades.
Proposto por Marcelo Bancalero.