MINAS DE DIAMANTES


Um parto da terra distante
No frio a fogueira que aquece
Saudades da esposa e da amante
Soluço da dor que merece

Lumia esse diamante
Nos olhos que artérias flamejam
Na lama em que nasce o brilhante
As lágrimas correm, navegam

E triste à caverna do tempo
Amores pedrinhas me catam
Nas grutas labor ao relento

Futuco e os nós se desatam
Da terra que eu trago o sustento
Mergulhos, respiros que matam!
Roberto Dourado
Enviado por Roberto Dourado em 12/12/2008
Reeditado em 12/12/2008
Código do texto: T1331019
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