Prazer estranho!

Prazer estranho o teu! Doido e maldito
Prazer, que me atormenta e me alucina!
E grita que não és mais a menina
Que um dia amei desesperado e aflito!...

Apraz-te, agora, aparentar-se triste,
Sofrida e mártir de um algoz cruel,
Que faz solveres do amargo fel
Da vida amarga que tu construíste...

Vítima és dos pensamentos teus!
Sente de perto a vida, ao coração,
Amando tudo! E me darás razão...

Que a vida, p’ra quem ama e crê, é bela!
Olha o céu! Escancara a janela!
Esquece o pó que és e acredita em Deus...



Maio de 1965.
Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 12/12/2008
Reeditado em 08/04/2009
Código do texto: T1330958
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.