Prazer estranho!
Prazer estranho o teu! Doido e maldito
Prazer, que me atormenta e me alucina!
E grita que não és mais a menina
Que um dia amei desesperado e aflito!...
Apraz-te, agora, aparentar-se triste,
Sofrida e mártir de um algoz cruel,
Que faz solveres do amargo fel
Da vida amarga que tu construíste...
Vítima és dos pensamentos teus!
Sente de perto a vida, ao coração,
Amando tudo! E me darás razão...
Que a vida, p’ra quem ama e crê, é bela!
Olha o céu! Escancara a janela!
Esquece o pó que és e acredita em Deus...
Maio de 1965.
Prazer estranho o teu! Doido e maldito
Prazer, que me atormenta e me alucina!
E grita que não és mais a menina
Que um dia amei desesperado e aflito!...
Apraz-te, agora, aparentar-se triste,
Sofrida e mártir de um algoz cruel,
Que faz solveres do amargo fel
Da vida amarga que tu construíste...
Vítima és dos pensamentos teus!
Sente de perto a vida, ao coração,
Amando tudo! E me darás razão...
Que a vida, p’ra quem ama e crê, é bela!
Olha o céu! Escancara a janela!
Esquece o pó que és e acredita em Deus...
Maio de 1965.