Solidão
“Domingo, fiquei sozinha no meu quarto. Minhas colegas viajaram. Eu esperei vocês. Mas, o tempo foi passando e vocês não chegaram. Anésia”
A solidão que enfrentas, altaneira,
Avaliar, querida, sei que posso.
Sente tu’alma a sensação primeira
De ausente se encontrar do lar que é nosso.
Eu sei quão vasta é a solidão
De um quarto, em que se está sozinha e triste!
O olhar se perde, inquieto, pelo chão,
Ou na parede nua ele persiste...
E o pobre coração pulsa e palpita...
E a alma inquieta nosso ser agita...
E o desespero, às vezes nos invade...
Quando se espera, ainda, por alguém
A quem se ama e, afinal, não vem,
Só resta a consolar-nos a saudade.
Dezembro de 1963.
*soneto escrito para minha filha Anésia.
“Domingo, fiquei sozinha no meu quarto. Minhas colegas viajaram. Eu esperei vocês. Mas, o tempo foi passando e vocês não chegaram. Anésia”
A solidão que enfrentas, altaneira,
Avaliar, querida, sei que posso.
Sente tu’alma a sensação primeira
De ausente se encontrar do lar que é nosso.
Eu sei quão vasta é a solidão
De um quarto, em que se está sozinha e triste!
O olhar se perde, inquieto, pelo chão,
Ou na parede nua ele persiste...
E o pobre coração pulsa e palpita...
E a alma inquieta nosso ser agita...
E o desespero, às vezes nos invade...
Quando se espera, ainda, por alguém
A quem se ama e, afinal, não vem,
Só resta a consolar-nos a saudade.
Dezembro de 1963.
*soneto escrito para minha filha Anésia.