Solidão

“Domingo, fiquei sozinha no meu quarto. Minhas colegas viajaram. Eu esperei vocês. Mas, o tempo foi passando e vocês não chegaram. Anésia”


A solidão que enfrentas, altaneira,
Avaliar, querida, sei que posso.
Sente tu’alma a sensação primeira
De ausente se encontrar do lar que é nosso.

Eu sei quão vasta é a solidão
De um quarto, em que se está sozinha e triste!
O olhar se perde, inquieto, pelo chão,
Ou na parede nua ele persiste...

E o pobre coração pulsa e palpita...
E a alma inquieta nosso ser agita...
E o desespero, às vezes nos invade...

Quando se espera, ainda, por alguém
A quem se ama e, afinal, não vem,
Só resta a consolar-nos a saudade.



Dezembro de 1963.
*soneto escrito para minha filha Anésia.
Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 12/12/2008
Reeditado em 08/04/2009
Código do texto: T1330944
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