FUGINDO DA TRIBO
Trocando a aldeia, a taba escura e fria,
Pela selva intrincada que te encobres,
Queres achar a caça em novo dia;
Não suportas a angústia dos teus pobres?
Mas, a caça se alonga na porfia.
Sem alimento choram os mais nobres!
Voltar não podes, temes covardia.
Não achas caça nem que te desdobres.
Na aldeia todos vivem com bem pouco
E tu te mortificas como um louco
E vais perdendo as forças e a esperança.
O curupira te provoca e enleia.
Hás de voltar covarde para a aldeia
Ou se perder na selva sem tardança!