A NAVE DO AMOR

Permita-se voar no Amor, na trilha

escumarenta de uma doce nave

que singra e salga o ló, a quilha,

o branqueio esvoaçante de uma ave.

Embora um temporal a uma milha

se aproxime e o trovão espreite, grave,

Iemanjá protege a nau como uma filha,

e chega-se ao Amor em pauta e clave!

Netuno nos empolga: Avante, mais bebida!

Cupido, meio tonto, erra o alvo.

E lá nos vamos aportar num outro cais...

A cada inverno a gente busca outra acolhida,

novo porto, novo amor; vá são e salvo!

Estações a gente encontra, verdadeiro Amor, jamais!

Replicando a tréplica de Marcos Loures aos meus versos.

Chaplin
Enviado por Chaplin em 09/12/2008
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