Renda de Bilros
Poeta amiga, tu és incrível
voz além do poetrix, - soneto...
Deixo de ser raio no terceto,
prá cantar luar, se for possível.
Sou menino, pavio, cimento
na poesia do universo,
onde na entropia de um verso,
eu fio no vento - meu urdimento.
Serei poema. Noutro tecido
serão versos, - alma que aflora,
soneto de mim que ri, - e chora.
E no amor, ao amor sentido,
nesse soneto, uma oferenda:
sou vento bem tecido, - renda.
Marco Bastos
EXERCÍCIO
O mesmo soneto como SONETO SÁFICO.
Renda de Bilros
Poeta, antiga amiga, tu és incrível
tens voz além do poetrix: - soneto...
sinto-me agora um raio sem terceto
e vou cantar luar se for possível.
Serei menino, rei, pavio, cimento
aquecimento, em luz - o Universo
na entropia, brilho tão fugáz, meu verso
no fio do vento, será o urdimento.
Serei poema. Noutro mel tecido
terás os versos - mar que n´alma aflora,
- doce soneto em mim sorri - e chora.
É amor que trago, pelo amor sentido
nesse poema a minha oferenda:
Eu sou o vento bem tecido - renda!..