SONETO DOLORIDO.

Dor, companheira insolente,

a me devorar a alma,

castigando incansavelmente

e pela madrugada me roubando a calma.

Dói-me no ombro a tal bursite

e na coluna uma qualquer escoliose;

fortes medicamentos indicados para artrite,

forte esperança prevenindo uma lordose.

Seria lúdico, não fosse ingrata,

ver minha face encarniçada,

vitimada e pela insônia maltratada.

Tento derivar desta afronta,

compilando versos com conveniência.

Será heresia? Senhor, me dê paciência.

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 08/12/2008
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