UM OUTONO EM MIM...
Teresa Cordioli / 25/11/2008
O vento que bateu em minha janela
varreu as flores, folhas, varreu tudo,
não deixou nada na lista de espera,
até o grito na garganta ficou mudo.
Hoje já não sei a cor da primavera,
o céu que era azul ficou escuro
a semente que foi lançada na terra,
não germinou, o chão estava duro.
Chuvas que caíram e não molharam
o terreno que se chama coração...
são terras que os ventos secaram,
transformando os espinhos em lanças,
que entraram em meu peito sem piedade
vertendo essa poesia sem esperança.
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