DESISTO DE QUERER PENSAR
Desisto de querer pensar. Não devo.
Quando penso, nos sonhos me entreteço.
E quando sonhos a escrever me atrevo,
eu os firmo sem fim, desde o começo.
Quando desde o começo um sonho escrevo,
à dação de infinitos obedeço.
Mesmo sendo precoce, ei-lo longevo,
sortindo os sonhos que jamais esqueço.
Dos meus sonhos lembrados me cometo
em fazê-los poemas – do primevo
ao mais recente, tétrico ou faceto.
Um sonho entardecente, um sonho coevo...
Para não vê-los mortos num soneto,
desisto de querer pensar. Não devo.
Odir, de passagem
Desisto de querer pensar. Não devo.
Quando penso, nos sonhos me entreteço.
E quando sonhos a escrever me atrevo,
eu os firmo sem fim, desde o começo.
Quando desde o começo um sonho escrevo,
à dação de infinitos obedeço.
Mesmo sendo precoce, ei-lo longevo,
sortindo os sonhos que jamais esqueço.
Dos meus sonhos lembrados me cometo
em fazê-los poemas – do primevo
ao mais recente, tétrico ou faceto.
Um sonho entardecente, um sonho coevo...
Para não vê-los mortos num soneto,
desisto de querer pensar. Não devo.
Odir, de passagem