BEM-AVENTURADO

BEM-AVENTURADO

Ah! bem-aventurado o amor mesmo finito.

Ah! bem-aventurado esse infinito instante

da eternidade efêmera desse inconstante

amor eterno entre os instantes do infinito...

Ah! bem-aventurado o desditoso amante.

Oh! bem-aventurado o coração proscrito

Ô! todo o amor cativo sem a paz do grito

que entoe no infinito seu amor constante...

Ah! bem-aventurado esse pastor de rios.

Ah! bem-aventurado o som dos calafrios

do amor baldio tantas noites indormidas...

Ah! bem-aventurado o pobre de ventura.

Porque ele alcançará no vale da ternura

o amor edênico das deusas pertencidas...

A. Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 03/12/2008
Código do texto: T1317524
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