ANDORINHA SOLITÁRIA
Jovem demais para migrar
Deixa-se cair em verdes pastos
Sem experiência para sobrevivência
Criou-se sozinha nas matas.
A maturidade chega
E com ela a inquietação
Compreendendo sua natureza
Inicia vôos rasantes.
Entre a descrença e o lamento
Pouco esforço ela faz
Acomoda-se nas matas
Chorando suas mágoas.
Refeita da tristeza
Enche-se de coragem
Levanta novo vôo
De encontro aos seus.
Seu instinto lhe segredou que “... Andorinha voando sozinha não faz verão”.