ANDORINHA SOLITÁRIA

Jovem demais para migrar

Deixa-se cair em verdes pastos

Sem experiência para sobrevivência

Criou-se sozinha nas matas.

A maturidade chega

E com ela a inquietação

Compreendendo sua natureza

Inicia vôos rasantes.

Entre a descrença e o lamento

Pouco esforço ela faz

Acomoda-se nas matas

Chorando suas mágoas.

Refeita da tristeza

Enche-se de coragem

Levanta novo vôo

De encontro aos seus.

Seu instinto lhe segredou que “... Andorinha voando sozinha não faz verão”.

Eriem Ferrara
Enviado por Eriem Ferrara em 03/12/2008
Reeditado em 03/12/2008
Código do texto: T1317445
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