Poeta imortal
Sou poeta e confirmo os meus ditos,
Nas palavras que teci pra eternidade.
Meus sonetos, meus indrisos são bonitos,
Escrevi-os na total felicidade.
Serão sim, os lenitivos dos aflitos,
Que embalde penam na sofrida castidade.
Registrarei nesses momentos infinitos,
O que é viver em paz somente na bondade.
E se vier à mim o leito derradeiro,
Aceitarei tudo, em dócil heresia
O dito fato que será só pioneiro.
E fecharei os olhos, não verei o dia,
E despedindo, eu, de um mundo inteiro
Abrirei os olhos para a poesia.