Guilhotina
Cadeia para os biltres dessa vida,
Para os exploradores do povo,
Os que se locupletam de novo,
Nossos dias perdidos sem saída.
E que aproveitam, solertes, da lida.
Vicejam, chafurdam nos poderosos
meandros dos governos, corrompendo-os,
e fazendo a republica falida.
Quisera reviver Robespierre,
o puro, o incorruptível, o encantado,
os ladrões da nação, qual gelatina,
tremeriam de horror, todos os erres,
borrariam as calças, perfumados...
Pena estar quebrada a guilhotina.