A LUZ DOS MEUS OPÚSCULOS
Para sempre, nós dois, unimos as nossas vidas,
Num dezembro de luz, de sol, farto de festas.
Imprimimos o amor, aparamos arestas,
E nos tornamos um com formas definidas.
Eu sei que fui seu rei, você foi minha vesta,
Tivemos muitas lutas agras e aguerridas;
Caminhamos juntos, nós, por íngremes subidas,
E implantamos a paz no pouco que nos resta.
Se os seus dotes, amor, não são como os de outrora,
Não têm a claridade, a mesma de uma aurora,
Mas têm a suavidade, a mesma, dos crepúsculos.
Do nascente ao poente você foi só minha,
Você foi o meu sol, é a musa rainha,
A bela inspiração, a luz dos meus opúsculos.