O ser que sou eu merece perecer

O ser que sou eu merece perecer

a personalidade cultuada

costuma fazer mal a toda vida

que apenas prolifera e só quer ser,

por mais um certo lapso estar atento,

viver num certo nível de conforto,

deixar que o tempo passe que não está morto

o desejo intangível que dá alento.

Mas eis que a mente emperra e apenas chora

E que toda a esperança se evapora

pois os novos dias são novos tormentos.

Que nada mais conforta, no momento,

Já que o tempo que escorre vai-se embora,

E o ser que eu sou perece na sua hora.