Fim de tudo!...
Talvez, caia, amanhã, na minha vida, o pano
Que marca o fim, a derradeira folha escrita
No livro que se fecha pela mão bendita
Do Eterno Extirpador do sofrimento humano!...
E as minhas emoções! O meu amor candente!...
As ilusões! Os sonhos que sonhei um dia!
Silenciarão comigo, numa tumba fria,
Erguida no planalto, sob a brisa olente!...
E tudo que passou: o pranto! o riso! a dor!
A noite mal dormida! O delirante amor
Que nos prendeu, assim, mal grado as queixas tuas!
Tudo, afinal, querida, havido entre nós dois,
Será esse vazio que há de vir depois...
Saudades! Solidão! Desesperanças nuas!...
Maio de 1966.
Talvez, caia, amanhã, na minha vida, o pano
Que marca o fim, a derradeira folha escrita
No livro que se fecha pela mão bendita
Do Eterno Extirpador do sofrimento humano!...
E as minhas emoções! O meu amor candente!...
As ilusões! Os sonhos que sonhei um dia!
Silenciarão comigo, numa tumba fria,
Erguida no planalto, sob a brisa olente!...
E tudo que passou: o pranto! o riso! a dor!
A noite mal dormida! O delirante amor
Que nos prendeu, assim, mal grado as queixas tuas!
Tudo, afinal, querida, havido entre nós dois,
Será esse vazio que há de vir depois...
Saudades! Solidão! Desesperanças nuas!...
Maio de 1966.