Soneto de transformação
Tornou-me louco quando me deu alento
Tornou-se fraca sem o seu intento
E quando quis me iluminar por fora
Sem querer me incendiou por dentro
Desgovernou-me e fez-me tão sozinho
E na minha estrada fez-me sem caminho
De minhas verdades fez minhas vergonhas
De suas carícias e de seus carinhos
E sem aviso prévio ou advertência
Com olhares fez quebrar meus muros
E com palavras fez tremer minhas bases
Na minha vida, fez-me mau ator
E com leveza desabou meu mundo
E vai, um dia, me matar de amor