Fleur Enchanté
Tudo volta sem se ver
e o circo continua
e a solidão tão nua
parece-me prescrever;
prescreve dose de rua
para começar a ser
inútil corpo enchanté
que corrompe e insinua;
Maligno tumor de dor
e a solidão que me vou
nas ruas da praça sem fim;
e o que tenho em mim
é eco de quem eu era:
flor morta de dor e primavera