N O I T E

Dissipada a sidérea luz crepuscular

que em escuridão se vai convertendo,

um mistério sombrio está concebendo

em brumas espessas todo esse avatar.

Na calada da noite agora em repouso

a lua surge risonha atrás da colina,

invadindo o espaço todo e a campina,

que mais parece um cenário luminoso.

Repassa uma calmaria noite a dentro

ouvindo-se o bulício suave do vento

a cantar para uma silente madrugada.

Nestas horas de sombras nos caminhos

os seres dormem serenos pelos ninhos

até o evolver da esplêndida alvorada.