QUEM SABE?


Quem sabe se a gente, voltando a se ver,
quisesse viver nosso amor novamente?
Quem sabe, esse amor que vivemos, a gente,
ao nos ver novamente, voltasse a viver?

Quem sabe, você, sem querer, de repente
presente, quisesse entre nós reviver
esse mesmo querer, que eu também quero ter,
que nós vamos querer reviver no presente?

Quem sabe, guardando os segredos da mente,
você me jurasse, mentindo, o que sente,
mentindo verdade eu jurasse o que sinto?

Quem sabe, jurássemos nós, frente a frente,
que você não me trai, que você não me mente,
que não traio você, que a você eu não minto?

Quem sabe, mentindo verdades somente,
a gente, ajuntando um querer diferente,
se desse a sonhar um sentir indistinto?

Odir, de passagem