ALMA NEBLINA

Quando a nitidez se cala ao fundo
Vida de tão pálida se inclina
Sendo a aura gélida no mundo
Faz-se fosco-branca e cristalina

No fremente de mostrar-se só
Deprimente estado qual felina
Faz da existência um feito nó
A viver tão triste a vida inclina

Quando resoluto em procurar
Vida que viável à disciplina
Tem-se a vida nua a voejar

À falda, tal águia, da colina
Beber no cálice o fel do amar
E ver o ser d’alma qual neblina


                                              Brasília, 22.11.2008
Roberto Dourado
Enviado por Roberto Dourado em 23/11/2008
Código do texto: T1298487
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